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segunda-feira, novembro 22, 2010

a minha mãe

Sei-me na imagem da árvore a quem insensivelmente secaram o que restava da raiz. Sei que já não resistirei com o mesmo vigor aos inclementes vendavais que assolam a alma e alquebram o corpo. Sei que já por mim não velam nem esperam os mesmos braços e o terno colo onde aprendi a dormir em sossego. Sei que adormeceste e no sonho derradeiro moraram os que amaste acima de tudo. Sei que, enquanto houver memória, beijarei o teu rosto e ouvirei os teus sensatos conselhos todas os dias... Sei que uma mãe nunca morre, apenas se esconde para se alegrar a ver-nos voar sozinhos...