Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, abril 24, 2008

Do imprevisto


Estar aqui não significa estar próximo. Dentro do silêncio há um baú e dentro do baú um caminho para onde se arremessa o que se quer esquecer. Alguém passou sorrateiramente e levou a chave velha e oxidada e deixou imóvel um monumento. Circulou a Lua noventa dias o teu rosto de açúcar em cana e nem uma cratera, nem um mar, quanto mais a tranquilidade... Assomo o futuro como aquelas árvores que nascem de lado em feição do vento e ainda assim dão casa aos pássaros até de madrugada. Indiferente ao somatório dos dias, porque um só dia pode ser maior que todos os dias, apaziguo o relógio e deixo que a corda repouse até amanhã. Talvez amanhã seja o dia em que as romãs abrem em dentes vermelhos...

Sem comentários: