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sexta-feira, outubro 05, 2007

Do ovo à borboleta


Devo um ovo Kinder a umas meninas que me ajudaram a rir em dias cinzentos e que eu gostaria de ver voar para lugares onde só a felicidade é possível. Foram muitas as horas que aturaram o meu mau humor e pacientemente regressaram sempre vestidas com o melhor olhar. Por entre a inexorável necessidade lógica e a urgência de entender do que é feita a vida riscámos papéis e trocámos histórias que arquivámos na memória que é o único cofre para guardar as coisas importantes. Como um velho rezingão teimei em repetir-lhes que os tortuosos caminhos do futuro só se aligeiram se ganharmos balanço no presente e que desperdiçar a vida é o único desperdício não reciclável. Talvez um dia percebam que aqueles que tiveram o privilégio de vos ver crescer, e que cuidam ingenuamente ter-vos ajudar a crescer, hão-de seguir pela vida fora a questionar-se se algum contributo terão dado para que da crisálida a borboleta magnífica pudesse sair.

1 comentário:

Unknown disse...

Só para que saiba essa meninas também se riram muito consigo em dias cizentos e gostariam de o 'ver voar para lugares onde só a felicidade é possivel'. Aturar o seu mau humor foi um prazer, ou melhor conhecê-lo foi um prazer enorme.

Obrigada,

Rita Santos