Palavra por palavra e o caminho
surge pelo nome das coisas como se a luz dos dias apenas iluminasse o que pode
ser dito por um qualquer recado assim descobrimos a sonoridade criadora e descansamos o olhar na língua
inaugural todos somos crianças entregues à sorte do alfabeto entre alfa e ómega
uma nota segura a compreensão do universo e as aves desafiando a gravidade não
se entusiasmam nem regozijam de júbilo em tal evidência apenas nós senhores do
sentido ou temporários guardiães do sentido percebemos a perfeição de gotas
simétricas que de queda em queda fazem erguer a vida.
2 comentários:
Tenho dúvidas quanto à concorrência estabelecida entre o texto e a foto.
Seja como for, no poemaprosa, as palavras atam-se e desatam-se como nos versos de Rui Belo, permitindo uma maior amplitude de sentidos, e convidando a uma releitura!
Nem textos, nem livro de reclamações para protestar contra o silêncio!...
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